Incompreensível que se aceite diagnósticos ou propostas de gestão que não contemplem salvaguardas ambientais antes de uma criteriosa análise de risco e seu gerenciamento.
Depois de um desastre ambiental, surgem: os críticos, os defensores do meio ambiente, imprensa, ONGs e etc., e a imagem da empresa está manchada.
No entanto ninguém deixa bem claro por que aconteceu, mas sim de pronto perante a mídia decisões são tomadas, ações de Sustentabilidade a serem implantadas são mostradas e outras coisas mais como de sempre.
E em que se basearam essas decisões e essas propostas antes e depois dos fatos?
Foi pensando antes sobre o risco em potencial?
Foi elaborado algum plano de emergência factível?
Quando será levada a sério a análise de risco ambiental nas tomadas decisões? O risco apresenta se de múltiplas formas, segundo se trata da sua dimensão social, econômica, ambiental ou política.
Para tal, devem-se redobrar esforços para desenvolver uma gestão Sustentável e conceitos comuns para expressar as múltiplas facetas do risco e como gerencia-lo, com o fim de melhorar a forma de diálogo entre as partes interessadas.
Face à prevalência de argumentos que propõem que a redução de riscos ambientais é excessivamente custosa (sim, ainda existe este raciocínio!), desde uma perspectiva de custo/benefício, recordamos que existem também outros critérios não econômicos para avaliar as medidas de redução do risco.
A prevenção deve ser encarada como investimento e não apenas como um custo.
Uma gestão efetiva do risco ambiental requer diretrizes que permitam a aplicação de gestão de redução de riscos de desastres.
Tanto o gerenciamento como o desempenho de uma gestão de Sustentabilidade, requerem mecanismos de acompanhamento que permitam detectar tendências, identificar lucros e boas práticas, e denunciar a negligência, a corrupção e as práticas que perpetuam condições de risco.
Surgem novos desafios associados aos processos de globalização econômica, migrações internacionais e grandes projetos de infraestrutura como portos e exploração de óleo e gás.
As regras atuais que regem as relações econômicas internacionais e a nova ordem econômica mundial devem ser estudadas e aplicadas a partir de uma perspectiva de redução de riscos ao meio ambiente e principalmente das comunidades envolvidas.
As alterações globais ambientais estão acelerando as ameaças existentes, configurando novos cenários de risco em muitos países.
Estes cenários derivam de processos complexos de degradação ambiental, urbanização não planificada e desenvolvimentos tecnológicos sem adequadas medidas de controle.
Onde se faz necessário a uma gestão do risco ambiental que privilegie os investimentos responsáveis em prevenção e atenuação, tanto em contextos de desenvolvimento como nos processos de reabilitação e reconstrução perante os desafios ambientais que depara a sociedade global.
Corporações independentes de seu tamanho ou faturamento devem saber gerir a sua parte de responsabilidade de forma a conseguir a tão almejada responsabilidade sócio ambiental dentro do conceito da Sustentabilidade Corporativa.
http://sustentahabilidade.com.br/caso-mariana-desperta-nova-mentalidade-ambiental/
Texto: Roberto Roche
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