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Ações em Sustentabilidade, qual o resultado ?

Ações em Sustentabilidade

Mais uma vez assistindo os noticiários sobre empresas que estão parando sua produção por falta de água em São Paulo e em outros Estados do país.

E em outras situações, uns dando vivas que a indústria não vai bem, pois se fosse poderia haver falta de energia.

Logo imaginei que o tema ” Sustentabilidade” viria à tona.

Como de costume, só quando falamos sobre a escassez recursos naturais é que este tema volta a mídia, também como é verdade, que só se fala da preocupação com o meio ambiente, quando temos um desastre ambiental de grandes proporções.

O empresariado tem mudado sua visão e atitude quanto ao tema Sustentabilidade, temos bons exemplos e não podemos deixar de mencionar.

Passou ser uma questão de sobrevivência do próprio negócio, mas infelizmente ainda temos esta falta de visão por parte de alguns segmentos.

Vejamos que as organizações que já possuíam uma diretoria de Sustentabilidade “efetiva” estão tranquilas, pois planejaram, avaliaram e executaram suas alternativas e o mais importante de tudo estão vendo seus investimentos na área sendo pagos.

Mas outras que infelizmente não optaram por uma gestão sustentável.

Acredito que chegou a hora de pensar, mesmo que chova a cântaros e a situação volte ao normal (será?), a tendência é piorar com crescimento da indústria e a busca por insumos cada vez mais escassos.

“Prevenção sai mais barato que correção”

A gestão de Sustentabilidade tem que ser encarada como um negócio, que deve ser bem planejado, gerenciado e entregar resultados.

Mas como medir, avaliar e saber que está sendo pago o investimento ou não da área?

A crescente preocupação com a questão ambiental tem levado a indústria a buscar alternativas tecnológicas mais limpas e matérias primas menos tóxica, a fim de reduzir o impacto e a degradação ambientais.

A conscientização da sociedade e a legislação ambiental têm induzido as empresas a uma relação mais sustentável com o meio ambiente.

Não há mais lugar para a exacerbação do lucro obtido à custa do comprometimento do meio ambiente.

Diante disso, a indústria tem sido forçada a investir em modificações de processo, aperfeiçoamento de mão-de-obra, substituição de insumos, redução de geração de resíduos e racionalização de consumo de recursos naturais.

A busca por alternativas que minimizem os impactos negativos da atividade produtiva tem motivado o setor industrial em investir em soluções, que também se refletem em economia e melhoria da competitividade.

A adoção de estratégias de prevenção apresenta-se como a alternativa mais adequada, porém importantes padrões, modelos de comportamento, crenças e práticas institucionalizadas devem ser modificados, assim como muitos paradigmas consolidados na estrutura das empresas devem ser substituídos.

As avaliações das ações em Sustentabilidade tornam-se cada vez mais valiosas e importante, pois fornece bases para a formulação de políticas, planos e projetos que permitem o manejo dos riscos e impactos das atividades produtivas aumentando a eco eficiência da empresa.

O diagnóstico da situação ambiental consiste em uma análise profunda de todos os impactos dos processos, serviços e produtos.

A falta de registros, na maioria das empresas, no que tange às entradas e saídas de insumos, do consumo de água, de matérias primas, de energia, de geração de efluentes e resíduos, por exemplo, também dificulta a implantação de medidas que poderiam melhorar o desempenho ambiental das mesmas.

A ausência de informações, desta natureza, contribui para conhecimentos precários sobre os custos ambientais, alimentando a visão distorcida de que investimentos em medidas de proteção não significam ganhos, mas sim em aumento de custos operacionais e redução de competitividade.

Maioria das empresas e não importa, o tipo de atividade econômica, constata-se que a identificação dos impactos ambientais significativos se relaciona mais fortemente com questões econômicas e legais, do que com os aspectos técnicos e ambientais.

O planejamento de ações, baseado em critérios técnicos e ambientais, contribui para a implantação de medidas mais efetivas, no que diz respeito à melhoria da qualidade ambiental.

Um maior conhecimento sobre os impactos ocasionados pelas atividades produtivas possibilita a seleção mais adequada de indicadores que podem ser utilizados para o processo de melhoria contínua de um sistema de gestão ambiental.

A dificuldade para o estabelecimento desses indicadores/Kpis são uma das principais dificuldades   a serem compreendidas pelas indústrias em suas avaliações de performance.

Uma avaliação ou uma tomada de decisão equivocada, sem dúvida irá refletir-se na forma de como interpretar o desempenho ambiental das empresas, trazendo como consequência: adoção de medidas inócuas, implantação desnecessária de equipamentos e/ou outras intervenções inadequadas para um bom sistema de gestão.

Grande parte das empresas ainda desconhece os benefícios do uso de indicadores de desempenho como ferramenta para uma gestão de Sustentabilidade.

É possível que estejam deixando de aproveitar oportunidades, como:

Economia na utilização de insumos, reaproveitamento de resíduos e agregar valor a estes, qualificação da mão de obra nas comunidades próximas, aumento da produtividade, melhoria da competitividade e da qualidade ambiental final de seu produto.

 

Texto: Roberto Roche
contato@sustentahabilidade.com.br

Outros Textos do Autor:

Evolução de Paradigmas Econômicos e a Gestão Sustentável

 

Imagem: Clube dos Poupadores

 

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Escrito por Roberto Roche

Desenvolvedor de estratégias, nas áreas de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente, Saúde e Responsabilidade Social com pós-doutorado na Aberdeen University (RU), MBA em Harvard (EUA), PhD em UCLA(EUA), MSc/ (EUA) e BSc /UFRJ.

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