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Como funciona a revelação fotográfica

Talvez você considere o processo de revelar fotos um pouco antiquado, uma vez que as alternativas para este processo atualmente são bem interessantes. Atualmente, conseguimos compartilhar nossos momentos com amigos nas redes como Facebook e Instagram, que dispensam o processo de revelação. Também temos os porta-retratos digitais, que podem mostrar uma sequência de fotos pré-selecionadas (a qual você pode trocar, quando enjoar daquelas fotos ou quiser mostrar as imagens de uma nova viagem, por exemplo).

Com todos esses adendos feitos, é possível que você seja uma pessoa à moda antiga ou simplesmente tenha curiosidade de saber como o processo funciona. Vamos lá, então.

A revelação fotográfica nada mais é do que um processo químico. Para que ele aconteça, são necessárias condições controladas de luminosidade, agentes químicos, tempo e temperatura. Podemos dividir o processo em cinco principais etapas: (i) revelação, (ii) interrupção, (iii) fixação, (iv) lavagem e (v) secagem.

A etapa de revelação se vale de um processo químico chamado óxido-redução. Nesse processo, o agente químico utilizado para revelar a imagem se oxida, doando seus elétrons. O objetivo nesta etapa é transformar os haletos de prata contidos no papel fotográfico em prata metálica.

Passando para a etapa de interrupção, como o próprio nome diz, o objetivo é neutralizar o processo anterior, onde os haletos de prata param de se transformar em prata metálica. A solução obtida no processo anterior é alcalina, logo, no processo de interrupção temos uma solução ácida, que neutraliza a primeira.

O objetivo da etapa de fixação é retirar os haletos remanescentes, que não se tornaram prata metálica. É muito importante atentar para a remoção total dos resíduos nessa etapa, pois os mesmos, se permanecerem no papel, podem se decompor ao longo do tempo e manchar a fotografia.

A lavagem, por sua vez, elimina os resíduos da fixação, que também podem danificar a foto. Em geral, a lavagem é feita com água, a qual precisa ser trocada de tempos em tempos. Essa troca é necessária pois os resíduos passam do meio mais denso para o menos denso (água), através de atrações químicas.

Por fim, na secagem, o processo é finalizado. Antes, porém, é interessante aplicar na solução uma espécie de detergente, que evita gotas ao longo do processo de secagem. A secagem natural é mais recomendada, pois não força a desidratação do papel. Entretanto, estufas podem ser utilizadas, desde que não ultrapassem 40ºC.

Autor: Cristian Reis Westphal

contato@sustentahabilidade.com.br

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Escrito por Cristian Reis Westphal

Estudante de Engenharia Química. Desde 2009 lidera o projeto Ciência e Astronomia, que compartilha informações nas áreas da ciência e astronomia. Trabalha com divulgação científica em escolas e disponibiliza telescópios para observações em praças.

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