Iremos abordar neste artigo as drogas alucinógenas, seus efeitos e consequências.
Por definição, as substâncias alucinógenas são aquelas que, ao atuarem no Sistema Nervoso Central, modificam qualitativamente a atividade do cérebro, “perturbando” a mente da pessoa. Esses fenômenos podem ser espontâneos em certas doenças mentais, principalmente nas psicoses, e é também por esta razão que essas substâncias recebem o nome de psicomiméticas (mimetizam uma psicose).
Chamam-se alucinógenas porque provocam “alucinações”, que na linguagem médica significa “percepções sem objeto”, isto é, a pessoa que está em processo de alucinação percebe coisas sem que elas existam (ouve sons imaginários, vê objetos que não existem), justificando-se portanto o nome de drogas alucinógenas, sensações acompanhadas de delírios e ilusões. Algumas dessas drogas, a natureza foi pródiga em produzir, que são conhecidas como alucinógenos naturais, e no Brasil as mais conhecidas são :
– Cogumelos – (extrai a substância )
– Lírio ( conhecido como trombeteira, zabumba ou saia branca)
– Cacto ou Peiote
– Mimosa hostilis (jurema)
– Chacrona
– Caapi
– Mescalina ( encontrado na América Central e pouco conhecido no Brasil)
– Maconha ( contém substância alucinógena THC responsável pelos efeitos alucinógenos desta planta )
Mas o homem também foi capaz de fabricar em laboratório os alucinógenos sintéticos, entre eles, o Êxtase ( ectasy ) e o LSD – 25.
Este último, o LSD-25, é tido como a droga mais ativa e que age no cérebro humano. Também conhecido como ácido, é utilizado por via oral, ou seja é ingerido. É um líquido sem cheiro, cor ou sabor. Em geral é introduzido embaixo da língua um pedaço de papel de filtro impregnado de LSD-25, no qual se verificam vários desenhos e ilustrações. Também pode ser usado com conta-gotas, bebidas ou selo de cartas. Nas “baladas” é vendido como “selo”. Ele é tão potente que doses de 20 a 50 microgramas, já produzem alterações mentais.
As reações ao uso do LSD-25 e outros alucinógenos, vai depender de cada indivíduo e da combinação de fatores, tais como: aspectos físico, orgânico e psicológico do usuário.
Alguns indivíduos experimentam um estado de excitação e euforia, mas com frequência podem envolver confusão mental, reações agudas de pânico ou estados psicóticos, episódios de depressão, alucinações e delírios assustadores, além de sinestesias, ou seja, sons são vistos e objetos são ouvidos.
Efeito de curto prazo.
Pupilas dilatadas, temperatura do corpo elevada, aumento do ritmo cardíaco e da tensão arterial, suores, perda do apetite, insônia, boca seca e tremores. A pessoa pode ainda ter pensamentos e sentimentos nefastos e aterrorizantes, medo de perder o controle, medo da loucura e da morte e sensações de desespero enquanto estiver consumindo LSD.
Efeito de longo prazo.
Flashbacks, ou recorrências de uma “viagem” de LSD podem ser experimentadas muito tempo depois de a droga ter sido consumida e os seus efeitos terem aparentemente desvanecido. A “viagem” por si só, em geral começa a desaparecer depois de cerca de 12 horas, mas alguns consumidores manifestam psicose a longo prazo.
Frequentemente, surgem notícias acerca do consumo de LSD no Brasil, droga comumente utilizada por jovens de todas as classes sociais. Portanto, é comum a polícia apreender drogas trazidas do Exterior ou dos países da América Latina.
Vale destacar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não reconhece o uso do LSD-25 (e de outros alucinógenos) para fins terapêuticos e proíbe totalmente sua produção, estando por conseguinte proibida a comercialização e utilização em território nacional.
Foto: http://sites.uai.com.br/
Autoras: Nancy Peres e Raquel Arantes
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