Em 1955, Paul Samuelson , premio Nobel da Economia , lançava o livro “Introdução à Análise Econômica” , classificando o PNB como “ Poluição Nacional Bruta ” e destacando a necessidade de uma medida melhor , o BEL “Bem-estar Econômico Líquido”, onde a poluição oculta e custos ecológicos seriam considerados.
No início dos anos 80, a primeira ministra da Noruega , Gro Harlem Brundtland, é nomeada Chefe da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, publicando em 1987 o relatório “ Nosso Futuro Comum (Our Common Future) que ficou conhecido como Relatório Brundtland, e que estabelece o conceito de que sustentabilidade é “ O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.
De uma forma ou de outra este processo tem permeado as relações sociais e empresariais ao longo das décadas, mas ainda sem uma estrutura que se possa estabelecer como parâmetro de desenvolvimento.
A cultura ainda não foi totalmente absorvida socialmente e a crença de que os consumidores fossem exigir das empresas essa responsabilidade se mostra pouco real uma vez que pesquisas mostram que o consumidor é favorável a ações de sustentabilidade desde que isso não exija esforços extras.
Cabe às empresas assumir não só o papel de implantar essa visão de negócios mas também ensinar o consumidor sobre a importância de adotar as praticas de preservação social e do meio ambiente.
Várias iniciativas têm sido vistas desde o desenvolvimento de produtos que reduzem o gasto de energia, do rastreamento de alimentos para que não venham de áreas desmatadas, de setores como o de iluminação que desenvolvem produtos que atendam essas demandas, empresas que procuram compensar o gasto de carbono de suas atividades e até ações que facilitem as atividades profissionais e sociais de pessoas com qualquer tipo de deficiência.
Estas iniciativas são extremamente favoráveis e tendem a aumentar não apenas pela crença de que isso é necessário para a vida do planeta mas
também porque se identificou que em geral representam um investimento que tem um retorno financeiro a médio e longo prazo.
Para potencializar as ações deve-se buscar uma integração 360º. de todos os envolvidos: fornecedores, funcionários, clientes, agentes, stakeholders, etc.
É muito importante que a empresa tenha um setor responsável pelas atividades de Sustentabilidade e Responsabilidade Social, mas é fundamental que isso seja uma preocupação que faz parte das atividades do dia a dia e dos projetos da empresa, ou seja é necessário que esteja no DNA da empresa.
Este é um processo longo que demanda da empresa uma mudança cultural e como tal deve ser estruturado envolvendo pessoas e processos.
A importância de um setor de sustentabilidade se torna visível com iniciativas pontuais e implantação de atividades específicas, mas se torna essencial no processo de implantar o conceito no DNA da empresa.
Este projeto se inicia com o firme proposito da direção da empresa e com o envolvimento de todos num plano estruturado e integrado.
Ao longo do tempo esse tema deixa de ser responsabilidade de um departamento e passa a ser parte integrante dos objetivos da empresa como o lucro e as vendas.
Nesse momento a qualidade do trabalho do setor de Sustentabilidade fez com que se tornasse dispensável, pois conseguiu seu grande objetivo, fazer com que o tema se torne parte comum de toda e qualquer atividade da empresa.
Quanto melhor o trabalho do setor de Sustentabilidade mais dispensável ele se torna!
Nos próximos artigos serão apresentados os sistemas de trabalho e ferramentas que uma empresa deve desenvolver para implantar o DNA de Sustentabilidade e Responsabilidade Social.