A energia elétrica, continua sendo um imenso desafio para as empresas em nosso país.
O custo da tarifa onera em demasia as operações, especialmente na indústria, e a oscilação de preços, em razão de políticas públicas irregulares, tem sido um grande vilão para os empresários.
E quando a economia retomar sua trajetória normal, faltará energia e a escassez certamente elevará os preços.
Vale lembrar que entre 2014 e 2017, o Brasil terá acumulado um recuo do PIB em torno de 6%, motivo suficiente para sobrar energia no período.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_do_produto_interno_bruto_do_Brasil
Mas no futuro este cenário de sobra de energia será alterado.
A indústria e os motores elétricos
A necessidade de reduzir consumo da energia na indústria, se dá pelo custo deste insumo, e do impacto que esta atividade gera na oferta desta matéria prima.
Cerca de 40% do consumo da energia elétrica no Brasil, é decorrente da indústria, e considerando que somente em 2015 este setor da economia recuou 8,3%, prováveis problemas no futuro são inquestionáveis.
E para reduzir riscos, algumas considerações devem ser destacadas.
Os motores elétricos respondem por 70% do consumo na indústria, significando portanto quase 30% do consumo do Brasil.
Este alto consumo observado, deve-se ao tempo de vida destes equipamentos, que em média gira em torno de 17 anos, ou seja absolutamente ineficientes.
E se consideramos ainda que, conforme dados da CNI – Confederação Nacional da Indústria, apontam que 39% do custo operacional da indústria é representado pela energia elétrica, buscar alternativas e soluções, se torna condição indispensável para sobrevivência.
http://admin.cni.org.br/portal/data/pages/FF808081379A7BEB0137BDBC309064FD.htm
Alternativas
Naturalmente que a substituição dos motores por equipamentos mais modernos, é somente uma das soluções, para um setor econômico que segundo a CNI, no segundo semestre de 2017 , deverá iniciar o início do retorno da expansão.
E exemplos de bons resultados na indústria não faltam.
Segundo especialista da área, há o caso de uma empresa de transporte de containers, que implementou um projeto de troca de motores usados no seu sistema de refrigeração.
Esses equipamentos eram antigos e apresentavam baixo rendimento. Os novos motores, mais eficientes, com painéis de acionamento e serviço de comissionamento resultaram numa economia de 16% ou 351,5 MWh por ano nestes compressores.
Há ainda exemplos de unidades fabris em Santa Catarina, que a substituição por motores modernos gerou uma economia em 32,6% em energia elétrica ( 21.802,84 kw/h no ano).
Vale ainda destacar que o BNDES- Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, mantém linhas de crédito para aquisição de equipamentos.
http://sustentahabilidade.com.br/energia-eolica-no-brasil-atinge-5-da-matriz/
Texto: Roberto Mangraviti
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