Os investimentos do governo da Índia em energia solar, estão agitando o mercado naquele país, e naturalmente, atraindo novos investidores com voracidade.
Estima-se que o país necessitará de 4 vezes mais energia até 2040, e sendo hoje dependente da importação de carvão( altamente poluente), os indianos esperam atrai incríveis US$ 1 trilhão de dólares, nos próximos 10 anos.
Tamanha ousadia é decorrente do planejamento daquele país, que diferentemente do Brasil, busca soluções renováveis.
Mas os números atuais dos asiáticos no presente já impressionam, pois ultrapassaram o patamar 50 gigawatts (GW) na produção de renováveis, representando 15% da matriz atual.
Para se ter uma dimensão desta quantidade, “ De acordo com o diretor de operação brasileiro da Itaipu Binacional, Airton Dipp, o nível de disponibilidade da usina de Itaipu de 14 GW em capacidade está próximo ao limite de produção”.(*).
Ou seja, a Índia produz 3 ½ Itaipu’s em energia renováveis.
E certamente esta tendência se consolida através do Plano Nacional de Eletricidade da Índia, lançado em dezembro de 2016, prevendo que em 2027 terão expandidos em cinco vezes a produção de energia renováveis, atingindo 258 GW. Isto representará reduzir em 1/3 a geração das térmicas(carvão), levando a esta última forma a 43% da matriz energética, segundo dados da Exame.
Segue a matéria informando que “ os preços dos painéis solares caíram 30% em relação a 2016… e os custos dos financiamentos também caíram e a taxa de câmbio da Índia se estabilizou, permitindo que os valores em dólar da tecnologia gerassem um valor menor em rupia indiana”.
Pelo números apresentados, ratifica-se que outro gigante no consumo mundial de energia, e consequentemente emissor de CO2, decidiu mostrar presença neste novo ambiente de negócios.
Texto: Roberto Mangraviti
contato@sustentahabilidade.com.br
(*) Canal Energia em 19.12.2016