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Maduro … um exemplo para o Brasil.

A recente atitude de Nícolas Maduro, avançando por sobre os congressistas venezuelanos, expõe a dicotomia comum entre as pessoas que buscam confundir suas plateias, disfarçando e agindo com falsidade camuflada, entre verdadeiramente “o que sou”, e “ o que aparento que sou”.

Pessoas que produzem muito calor e pouca luz.

Confundem engodo com a verdade.

Arrogância com sabedoria.

Ditadura com democracia.

Claro que 100% da humanidade busca ocultar seus pecadilhos.

Isto é normal, e está inserido nos 7 ½ bilhões de humanos que se comportam como o pavão, abrindo sua bela plumagem para esconder pés horrendos.

Somos TODOS assim … mostramos virtudes e escondemos defeitos, pois a humanidade no seu processo evolutivo, ainda não atingiu o status de apresentar as coisas como realmente são.

Mas, no caso de Maduro, há um agravante perigosamente exponencial, pois vai muito além do estilo “pavão”.

Pois Maduro e seus seguidores compõe um grupo de pessoas, que utilizam o comportamento da falsidade ideológica, portanto, varrendo defeitos para debaixo do tapete e exponenciando virtudes inexistentes, corrompendo assim valores e enganando plateias.

Esta estratégia, é muito comumente utilizada na comunicação, onde o “comunicador” transita por sobre uma fina linha divisória entre dois pontos: imagem e reputação.

Imagem, é o “externo” … aquilo que se “vende” para as plateias, mesmo que o vendedor não acredite no produto ou nas suas próprias palavras.

Contudo, dada sua “competência” de domador dessas plateias, a aderência do discurso populista, é consumido sem engasgos.

E se a plateia for “amestrada”, mais fácil ainda … o produto é consumido no estilo “gato” por “lebre”.
Quanto ao significado de reputação, o sentido é inverso … a ação surge na dura jornada construtiva do aprendizado da verdade, no seu dia a dia.

Quando, por exemplo, uma empresa busca a reputação, ela não nega seus equívocos.

Caso ocorra um erro, os agentes buscam corrigir o equívoco, ao invés de negá-lo.

E agindo assim, até no erro, se constrói uma reputação, as duras penas mas alterando sempre o percurso para melhor.

Um exemplo que representa bem esta dinâmica ocorre quando há “recall” espontâneo da indústria automobilística.

Uma lição doída de humildade pelo engano cometido … “ erramos e vamos consertar” é a mensagem que fica, na construção da reputação.

Contudo, alguns lideres empresariais ou políticos, como Maduro, NÃO ERRAM !

Logo,seu percurso é sempre o mesmo. A direção sempre a mesma… e obviamente o discurso de gente assim é sempre igual.

Os erros serão sempre “dos outros”, que atrapalharam a “trajetória das ações “, justificando assim absurdos de atitudes ditatoriais para corrigir… “ os outros”.

Esta dinâmica, de confundir imagem com reputação, verdade com engodo, curiosamente encontra semelhança em alguns ambientes brasileiros.

Assim como a Venezuela é abençoada com petróleo, que ao invés de gerar recursos definitivos para população como educação, o “ nosso petróleo” não gera nada significativo para os brasileiros.

Desde Monteiro Lobato o tema é envolto em resultados pífios.

Recentemente, discutia-se se os “royalties” decorrentes da prospecção ficariam com os Estados produtores ( São

Paulo, Rio de Janeiro etc) ou com o Governo Federal, lembram?

Mas todos JURARAM que haveriam investimentos em educação, fosse qual fosse o caminho.

Resultado: os “royalties” ficaram com Cerveró, Cabral, Fernando Baiano, e outros  ilustres meliantes.

E a educação ? NADA … somente conseguimos cair ainda mais no ranking mundial.

Muito calor e pouca luz.

Muito discurso e pouca ação.

Muito engodo e pouca verdade.

Que o mal exemplo da atitude de Maduro, deixe definitivamente as claras, que suas intenções intervencionistas e populistas escondem um pavão de asas quebradas, que não consegue abri-las, restando somente a imagem de pés horrendos e sujos a mostra de toda população.

E quanto as plateias “amestradas” brasileiras … não se esqueçam que a Venezuela, nada mais é agora que um pais corrompido, pobre, sem comida, sem medicamentos, pedindo a ajuda a ONU, deitada por sobre um imenso lençol de petróleo estatizado, que não serviu para absolutamente nada de útil para a população pobre venezuelana.

Texto: Roberto Mangraviti
contato@sustentahabilidade.com.br

Observações:
1.Segundo a Veja “O Brasil é um dos dez países com mais alunos com baixo rendimento escolar em matemática, leitura e ciência, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), em Paris, que avaliou a situação de 64 nações. De acordo com o levantamento, 1,1 milhão de estudantes brasileiros com 15 anos não têm capacidades elementares para compreender o que leem nem conhecimentos essenciais de matemática e ciências. Ao mesmo tempo, o relatório revela que o Brasil é um dos países que mais reduziram o número de alunos sem conhecimentos básicos de matemática.”

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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