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Aumentar o salário mínimo e Bolsa Família : uma ideia falha ou irresponsável .

Eleições 2018

A proposta de aumentar o salário mínimo, é uma ideia falha ou irresponsável, que conduz o país a desastres econômicos, por desequilibrar o mercado, como fez Dilma concedendo crédito fácil, e levando o Brasil atingir 10,67% de inflação em 2015.

Por quê? Vamos exemplificar.

Imagine um país com 10 habitantes, e com uma única padaria caseira que produza diariamente 10 pãezinhos para esta população, que remunera o padeiro pagando R$1,00 por unidade adquirida.
E assim, este cenário vai se repetindo por anos, sistematicamente.

Porém um dia, um dos consumidores ganha um aumento de salário inesperado e resolva comprar 2 pãezinhos, afinal, aquele produto é gostoso e está sobrando uns trocados no bolso.
Quando o décimo cliente chegar ao balcão, não encontrará seu habitual pãozinho.

Se esta cena se repetir todos os dias, onde tem gente procurando pão, mas a produção não atende a demanda, o padeiro tomará imediatamente uma decisão: aumentar o preço do pão para R$ 1,50.
Simples assim, afinal quem quiser a “preferência” de adquirir aquela iguaria, que pague mais por ela.

Alguns talvez pensem …ora, aumente a produção de pães.

Não compensa ao padeiro, construir um novo forno para produzir um único pãozinho adicional, pois ficará ocioso e talvez necessite de um segundo padeiro, gerando custo fixo adicional.

Está portanto criada a confusão por desequilibrar os preços e o mercado, que estava certinho (desde o alinhamento de preços do Plano Real).

Foi assim que Dilma Roussef, gerou desequilíbrio à economia brasileira, ofertando renda para o consumo, sem aumento de produtividade, pois o exemplo do mercado de pães, se reflete em todos os outros mercados.

Para piorar esta desastrosa atitude de indexar o salário mínimo, vale lembrar que aposentados (que não mais produzem e portanto não tem como adquirir renda adicional, vivendo exclusivamente da aposentadoria), serão os primeiros a serem punidos com a inflação, pois perdem a capacidade de repor suas perdas diante do aumento de preços generalizados.

E como se isto não bastasse, o aumento do salário mínimo geraria aumento na despesa do governo em R$ 40 bilhões por ano, e segundo Mailson da Nóbrega, “O impacto fiscal do aumento do Bolsa Família custaria mais de 5 bilhões de reais anuais, enquanto um salário mínimo maior ampliaria o já grave déficit do INSS. ”

O governo tem estes R$ 45 bilhões adicionais ? Nãooooooooooooooooo!

Produtividade

Logo, ou aumentará impostos para arrecadar este excedente necessário; ou irá ao mercado tomar emprestado, elevando os juros dos empréstimos prejudicando TODOS cidadãos; ou ainda deixará de fazer algumas escolas e hospitais para realocar os R$ 45 bilhões… ou o pior dos mundos : tomará todas estas atitudes juntas e misturadas, confundindo o mercado, Bolsa, acionistas, que lamentavelmente tem (des)orientado o Brasil dos últimos 15 anos.

Economia não é uma ciência exata, mas é incrível, como a Lei de Murphy tem 100% de chance de aparecer nestas horas.

Pior pode Ficar

 

Portanto este tipo de promessa eleitoral, somente pode advir de quem não conhece o “beabá” da economia sendo claramente um incompetente e incapaz de tomar conta de uma padaria, muito menos de um país.

Ou pior ainda, de uma ideia falha conceitualmente ou irresponsável … ou ambas!

Texto: Roberto Mangraviti
contato@sustentahabilidade.com.br

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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