Muitas críticas foram observadas, quando o presidente eleito anunciou a possibilidade (hoje afastada) em unir os Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente.
Seria correto ou não?
Depende do estágio de consciência das partes envolvidas, que vão além das duas pastas.
Quando uma empresa decide inserir conceitos de sustentabilidade em suas operações, o faz para reduzir gastos com consumo de água e energia elétrica, num primeiro momento.
Na sequência desenvolver produtos, voltados para uma parcela da população que “escolhe” empresas responsáveis para consumo de produtos com respeito comprovado na cadeia produtiva.
Ou seja, num primeiro momento o foco é a redução de custo e em seguida vendas.
E no terceiro momento ?
Fechar ou reduzir a quase zero o Departamento de Meio Ambiente, pois supõe-se que a organização já absorveu este conceito, e não se faz mais necessário uma estrutura “fiscalizadora” desta nova compreensão, pois sustentabilidade já está inserida no DNA da empresa.
No caso dos Governos brasileiros deste século, o conceito de sustentabilidade está permeado pelos demais ministérios?
Infelizmente NÃO ! Podemos citar como exemplo a gestão de Marina Silva, que em nada reduziu desmatamento na Amazônia, não servindo de exemplo para outros ministérios.
Portanto, para o momento do país, a junção de agricultura com meio ambiente, não faz sentido, em razão do divórcio existente entre as partes e a falta de cultura nesta área em todas as frentes governamentais.
Contudo, vale lembrar que sustentabilidade e proteção ambiental, estão ligadas a eficiência energética, novas tecnologias resultando num olhar para o futuro.
E a inserção destes conceitos na Agricultura, tem tudo a ver e espera-se que no futuro próximo, estejamos debatendo se já devemos extinguir o Ministério de Meio Ambiente .
Texto: Roberto Mangraviti
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