Afecção degenerativa do sistema nervoso central, principalmente da chamada substancia negra do cérebro, afetando a sua capacidade de controle dos movimentos.
Os neurônios dopaminérgicos são responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que age no controle dos movimentos finos e coordenados do corpo, a sua destruição acarreta a escassez da dopamina e como consequência o distúrbio dos movimentos.
Acomete cerca de 200 pessoas por 100 mil habitantes/ano, geralmente a partir da sexta década de vida e com maior incidência no sexo masculino.
O tremor em repouso é o sintoma inicial do Parkinson em 70% dos casos, na sua evolução praticamente todos os pacientes apresentarão algum grau de tremor.
Na bradicinesia o individuo começa a apresentar dificuldades em executar tarefas simples do cotidiano devido à intensa fraqueza muscular e sensação de incoordenação motora.
A rigidez atinge primeiramente apenas um lado, generalizando conforme a evolução da patologia. A amplitude dos movimentos geralmente é limitada, com sinais típicos da perda do balançar dos braços enquanto anda.
Fatores de risco:
- Idade.
- Histórico familiar.
- Traumas craneanos.
- Substâncias químicas podem causar lesões neurológicas.
- Agrotóxicos.
Sinais e Sintomas:
- Tremores,
- Rigidez muscular,
- Redução da movimentação espontânea,
- Depressão,
- Distúrbio da fala,
- Alteração no sono,
- Problemas cognitivos,
- Dificuldades urinárias,
- Tonturas,
- Dores musculares,
- Distúrbios respiratórios,
- Câimbras,
- Intestino preso,
- Osteoporose.
O diagnóstico baseia-se na história clínica e no exame físico, sendo necessária a identificação de dois sintomas motores como o tremor ao repouso, bradicinesia e a rigidez.
SAIBA MAIS:
Os sinais da doença de Parkinson só surgem quando cerca de 80% dos neurônios encontram-se destruídos.
O tremor é o principal motivo que leva o paciente a procurar o médico.
O estresse e a sensação de ser observado aumentam a intensidade do tremor.
Durante o sono, o tremor desaparece por completo.
O indivíduo troca o dia pela noite.
A saliva nos cantos da boca do doente pode ser notada.
O paciente tem dificuldade em distinguir o sonho da realidade.
A mímica facial torna-se menos expressiva, transmitindo com menor intensidade sentimentos e emoções.
As atividades diárias, antes realizadas com rapidez e desembaraço, passam a ser realizadas devagar e a custa de muito esforço.
Os passos são mais lentos e pode apresentar algum desequilíbrio.
Traumas na cabeça isolados ou repetitivos, como nos lutadores de boxe, podem lesar os neurônios dopaminérgicos.
Perda da estabilidade postural só ocorre em fases avançadas, manifestando-se principalmente com quedas regulares.
Sintomas depressivos ocorrem em 50% dos pacientes.
Procure seu médico.
Texto: Dr. Leo Kahn
Imagem: http://samaritano.com.br/especialidades/neurologia-neurocirurgia/centro-de-parkinson-do-hospital-samaritano/