A descoberta de uma série de crimes cometidos por João Teixeira de Faria, causando justa indignação e decepção para a sociedade, não surpreende as pessoas conhecedoras dos trabalhos voltados verdadeiramente à caridade, pois os sinais de fraude eram evidentes.
Todo trabalho de acolhimento aos aflitos (afinal quem procura estas alternativas está vivendo uma profunda aflição), tem a caridade como mola mestra do serviço prestado.
Este “detalhe” não deveria passar desapercebido, mas acaba passando.
O exercício da caridade, é missão para todos, mas qualidade de poucos.
Os condutores desta magna tarefa exemplar, figuras como Irmã Dulce, Chico Xavier, Madre Tereza (para ficarmos no campo da religiosidade) JAMAIS enalteciam a si próprios … pois o objetivo era sempre a acolhida do OUTRO.
Seus nomes “fantasia” , não carregavam um “deus” ou “santo” disso ou daquilo, e jamais permitiam de assim serem chamados, em público, ou de forma restrita .
E neste diapasão comportamental, sequer tinham a dimensão do tamanho da sua obra, desconhecendo suas próprias virtudes, tendo a humildade de viverem no anonimato, ou em segundo plano, diante da sua existência.
Grandes ícones do acolhimento humano, não “vendem” caridade, portanto não cobram um centavo sequer pelas atitudes que praticam.
Quadros ou imagens que adornam as paredes destes locais de atendimento, jamais estampam fotografias ou gravuras de seus dirigentes, mas sim, destacam seus verdadeiros condutores e “líderes” das obras: Jesus, Maria, Francisco de Assis …
Quando Madre Tereza, subia num avião, era para ir de encontro aos agentes financiadores do seu trabalho.
Quando Francisco de Assis, vai até Roma acolher o Papa, o fez pela necessidade do enfermo.
Portanto, pegar um avião para atender os “bacanas” de São Paulo, como muitas vezes havia feito João Teixeira, significava DESATENDER , centenas de pessoas naquele dia … atitude INIMAGINÁVEL dos trabalhadores pela caridade.
Aos desavisados que estão se perguntando e os milagres ? As curas ?
Se Deus somente concedesse visão e audição para homens perfeitos visando o necessário exercício do bem na Terra, o Planeta teria 7 bilhões de cegos e surdos… e sendo assim, os prováveis dons do agora processado, como foram mal empregados, passa a ser um problema dele com o Criador.
Por sinal, este raciocínio de mal empregar seus dons, vale na mesma medida, para políticos populistas, que dizem abraçar pobres ou juram preocupar-se com os nordestinos, famintos e toda ladainha habitual… mas JAMAIS foram visto praticando a caridade.
Ao leitor que hoje esteja vivendo o enfrentamento de uma doença difícil, ou de uma crise pessoal, nos cabe ressaltar: não perca a fé e não se contamine com as notícias que a imprensa dará espaço, até porque muitas vítimas que estavam escondidas, certamente aparecerão.
Busquem seus remédios e soluções onde julgarem que devam ir … até porque o exercício da fé, segundo diversos estudos científicos renomados, ativam reações orgânicas incríveis, com a produção de endorfina, oxitocina, dopamina e serotonina, hormônios fundamentais para as defesas orgânicas.
Mas sempre verifiquem o local a ser frequentado, avaliando se a missão da casa é acolher as pessoas, e onde se coloca a obra a frente do obreiro, a arte, a frente do artista.
Pois sendo assim, a entorno do ambiente exalará o exercício da CARIDADE, que deverá emergir de forma absoluta nestas circunstâncias,
Pois se assim não for … são sinais evidentes de fraude !
Autor: Roberto Mangraviti
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