Pode soar estranho a afirmação acima, mas a verdade é que: Política Social não é atribuição do Estado… pelo menos na prática.
Engana-se quem acha que o Estado esteja suprindo, mesmo que miseravelmente, as necessidades do povo, com recursos canalizados para as populações, pobres ou não.
Vejamos os números …
Por exemplo, o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço- FGTS, de 2003 até 2017 , rendeu 4 vezes menos, que outros fundos similares.
Ou seja, o valor depositado no FGTS pelo empregador, caso tivesse sido depositado em outro fundo, estaria remunerado o empregado (quando demitido) 4 vezes mais.
Uma diferença, ABSURDA !
E os efeitos na economia ?
Imagine alguém que, ao ser demitido tenha levantado algo em torno de R$ 25.000,00 após alguns anos de trabalho … deveria ter recebido, obviamente, R$ 100.000,00 .
E nesse caso, ao invés de comprar um carro com o valor da rescisão, este cidadão demitido, poderia pagar pelo menos 50% de um imóvel médio em São Paulo, gerando uma movimentação adicional na economia BRUTAL.
Pois além de movimentar a indústria da construção civil, (um dos maiores mercados de absorção de mão de obra), estaria impactando na qualidade de vida do empregado e dependentes, livrando-os de uma doença crônica: Aluguel.
Então onde “ficou” esta diferença ?
Ficou no custeio do Estado, pois obviamente quando o empregador depositou o FGTS, conforme a Lei manda, o Governo investiu este patrimônio, num fundo “normal”, recebendo juros mais altos, mas remunerou o trabalhador com a taxa nanica.
Dirão alguns que, com esta diferença obtida ( na verdade imoral), poderia o Governo ter custeado um Hospital ou uma Escola… certo?
Errado, comprou uma usina em Pasadena (EUA) pelo triplo do preço, por exemplo, além de cometer outros atos de ineficiência conhecidos, sem contar os ILÍCITOS.
Para piorar e comprovar esta visão anacrônica, a dívida do Estado cresceu 50%, somente em 4 anos; resultando numa capacidade de poupar (ou guardar recursos) NEGATIVA, que justifica o desastre econômico que estima-se tenha produzido R$ 1 trilhão de recursos a menos em 08 anos.
Sendo assim, o financiamento do Estado, na prática, é feito pelo SETOR PRIVADO, responsável (em 2017), por 72% dos financiamentos no país.
Portanto ao entrar numa Escola, ou num Hospital Público, indiretamente o dinheiro terá vindo certamente de um Banco Privado, que na outra ponta está “cobrando” está operação do correntista comum.
Não ? Claro que sim …
Não existe almoço de graça.
Paradoxalmente, algo surreal estará acontecendo, onde alguém que seja correntista de um Bradesco ou Itaú, (e como metade dos brasileiros com saldo negativo), mas paralelamente, mantém seu filho numa Escola Pública “achando” que é de graça… está assim o correntista pagando pela “ educação gratuita”, através do saldo negativo que jamais consegue zerar no banco.
Afinal o banco não reduz os juros cobrados, entre vários motivos, pois financia governos perdulários e ineficientes na outra ponta.
Aí está um dos motivos, dos juros do cartão de crédito, cheque especial e outras formas de financiamento, apresentarem juros extraterrestres, pois o risco do Estado não reembolsar no tempo devido o agente financeiro aliada a massa de recursos disponível diminuta, obviamente ELEVA as taxas de juros para o mortal correntista ( muita Procura, baixa Oferta).
Sendo assim, engana-se quem julga estar sendo “atendido socialmente” pelo Estado. Pois Governo não gera recursos, mas somente administra recursos, bem ou mal… por sinal muito mais mal do que bem.
Portanto quem empresta ou investe recursos, mesmo que indiretamente é o empreendedor, empresário ou cidadão comum.
Se considerarmos que Henry Ford, dobrou o salário dos operários no longínquo ano de 1914, para que aumentasse a eficiência da Ford Motors, retendo assim talentos através de salários atrativos, podemos dizer que o Setor Privado é o maior provedor de Políticas Públicas verdadeiras e de sucesso, como os números comprovam.
Portanto, Política Social NÃO é atribuição do Estado, na prática aqui no Brasil, especialmente nos últimos anos, pois os Governos,endividam-se e consequentemente endividando o cidadão, e por fim a Nação como um todo.
E para os falsos idealistas, fica a mensagem do homem que inventou a produção em série, gerando incontáveis empregos, que afinal (estar empregado) é a maior política social, asseverou assim Henry Ford …
“ Idealista, é alguém que ajuda o outro a ter Lucro”.
Texto: Roberto Mangraviti
contato@sustentahabilidade.com.br
Outros Textos do Autor