Roberto Mangraviti
Alguém já teria visto um recibo, como este acima? Claro que não, pois o ilegal não “passa” recibo.
Acreditar que um cidadão corrupto, não seja o real proprietário disto ou daquilo, por não existir prova documental, é uma linha de raciocínio tão absurda, quanto achar normal que Fernandinho Beira Mar, emitisse um recibo por venda de drogas.
Afinal alguém registra o ilícito ?
A linha entre o absurdo e o real, se confundem na cabeça dos “globais”, em atos amparados por “intelectuais”.
Ou seja, o intelectual é um cidadão que “pensa” com esta linha de “raciocínio”, amparada por uma “lógica” onde o surreal e o moralmente desprezível, se torna normal.
E quando um ator global, como Osmar Prado, profere palavras com entonação teatral competente, os pensamentos desta gente crédula, saí do palco do teatro dos sonhos, migrando para um imaginário absurdo.
É uma turma que confunde o mundo irreal, com o real… que nós gostaríamos que fosse verdade.
Mas no nosso mundo real, o tamanho da delinquência define o “status” do delinquente, na hierarquia do crime.
Foi neste sentido, que a Justiça entendeu que o ex-governador Sérgio Cabral, não pode permanecer preso no Rio de Janeiro, pois a força que o detento demonstra diante das facções dos presídios é extremamente perigosa.
Cabral gerenciava o “menu” da Penitenciária de Bangu, permitindo que seus jantares regados a lagostas, camarões e vinhos importados, saíssem da sua residência na Vieira Souto e fossem compartilhados com uma plateia de Bangu, que aprecia Home Teather durante a refeição, colocando em risco o sistema prisional e a imagem das forças de segurança.
A transferência de Cabral para Curitiba, algemados inclusive nos pés, gerou reações de deputados exaltados com eventual “exagero” da medida.
Por que?
Se tivesse você, prezado leitor, cometido os delitos do ex-governador, como seria tratado numa eventual transferência?
Da forma que foi Cabral…simples assim.
Portanto, acreditar que os desvio de bilhões de dólares ocorridos na Petrobrás, seja uma atitude de pequena monta, como algo trivial, somente pode passar pela cabeça de gente de teatro que confunde o sonho com a realidade.
Afinal, a força demonstrada por Cabral, comprova que estamos falando de quadrilhas(como por sinal consta nos autos), e esperar que haja recibo assinado dessa gente ao “adquirir” um bem imóvel, sítio, apartamento ou terreno, é de uma maturidade intelectual de gente com QI abaixo de 50, e que acredita em papai Noel.
Texto: Roberto Mangraviti
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