Como medir a riqueza de uma nação?
A 48ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos ( 23 a 26 de janeiro), reuniu mais de 3000 participantes entre várias lideranças mundiais.
No evento, Angela Merkel, sempre centro das atenções, criticou o protecionismo comercial, da nova política econômica norte-americana.
Mas o World Economic Forum(*) de 2018, teve no cerne dos debates deste ano, a avaliação de novas fórmulas para medir a riqueza de uma Nação.
Os Índices Tradicionais
O Produto Interno Bruto – PIB, que mede a soma dos produtos e serviços produzidos por um país no exercício fiscal, há muito tempo que pouco indica sobre os avanços sociais.
Na verdade, o índice serve para comparar globalmente o tamanho do “bolo” produzido, comparando a evolução anual, e neste quesito, o governo petista provocou um desastre jamais ocorrido na história econômica do Brasil.
O outro índice utilizado, a Renda per Capita, ou a parte do bolo que cabe a habitante, também deixou de ser um bom avaliador das questões sociais.
Mesmo assim, o histórico desse índice também emoldura a queda brasileira diante da concorrência,onde países como Filipinas, Indonésia, e até Paquistão, apresentaram crescimentos mais robustos.
Contudo, segundo o site da BBC, o encontro de 2018 em Davos, debateu o chamado Índice de Desenvolvimento Inclusivo (IDI), um novo indicador econômico que busca responder perguntas levando em consideração 11 aspectos econômicos agrupados em três pilares: crescimento, desenvolvimento e inclusão.
Segundo o conceituado site britânico, “o crescimento (do PIB) é necessário, mas não é mais uma única condição suficiente para um aumento robusto no padrão de qualidade de vida”, afirma a organização. Segundo ela, surgiu um “consenso mundial da necessidade de um modelo mais inclusivo e sustentável de crescimento e desenvolvimento que promove alto padrão de vida para todos”, acrescentou no relatório.
No ranking do IDI, por sua vez, o Brasil está em 37º lugar em um grupo de 74 nações, e apresenta uma tendência de “piora moderada”.
Apesar de estar mais bem colocado no geral (próximo do meio e longe da lanterna), o prognóstico do Fórum Econômico Mundial é levemente pessimista, pois o total da produção brasileira, mesmo que mostrando sinais de melhora, ainda está aquém da necessidade compensatória diante das sucessivas quedas do PIB , que aponta uma perda acumulado em 7 anos de R$ 1 trilhão de reais.
Mas , se de um lado o desemprego parece ter estagnado num número próximo de 13 milhões de brasileiros, outros indicadores como déficit fiscal e o sub emprego, levam preocupação pois distancia da “inclusão”, nova preocupação do índice de crescimento sustentável do Fórum Mundial.
Texto: Roberto Mangraviti
contato@sustentahabilidade.com.br
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Imagem: BBC
(*) Fórum Econômico Mundial ou FEM é uma organização sem fins lucrativos baseada em Genebra, é mais conhecido por suas reuniões anuais em Davos, Suíça nas quais reúne os principais líderes empresariais e políticos, assim como intelectuais e jornalistas selecionados para discutir as questões mais urgentes enfrentadas mundialmente, incluindo saúde e meio-ambiente.
O Fórum Econômico Mundial foi fundado em 1971 por Klaus M. Schwab, um professor de administração na Suíça.[1] Além das reuniões, o Fórum produz vários relatórios de pesquisa e engaja seus membros em iniciativas setoriais específicas.[2]
Em 2008, lançou a “Cúpula Inaugural da Agenda Global”, em Dubai, formada por 700 especialistas de todo o mundo em setores relacionados aos 68 desafios globais identificados pelo Fórum.