Anualmente, o Brasil gera cerca de 10,2 quilogramas de resíduos eletroeletrônicos por habitante. No mundo, essa média é de 7,3 kg/hab. Esses valores mostram a urgência de se trabalhar a reciclagem e a destinação correta desse tipo de resíduo, uma vez que por conter metais pesados e/ou outros elementos tóxicos, ao serem descartados de qualquer modo acarretam em danos ao meio ambiente a saúde humano. O chumbo é um exemplo de material presente nesse tipo de produto, que pode causar complicações no sistema neurológico, corações, rins, entre outros.
Desse modo, o Instituto GEA-Ética e Meio Ambiente, organização sem fins lucrativos, desenvolveu, capacitação em reciclagem e destinação correta de resíduos eletroeletrônicos para cooperativas e para catadores. Um deles foi o Eco Eletro Petrobras, entre 2011 e 2016 em parceria com a Caixa Econômica Federal.
Entre 2013 e 2018, a Caixa destinou cerca de 84 mil itens eletroeletrônicos às cooperativas, que arrecadaram com a comercialização dos componentes mais de R$ 1 milhão. Isso significou o sustento das cooperativas, além disso, em termos ambientais, foram 16,5 mil quilos de chumbo retirados da destinação incorreta e 86,7 mil m³ de solo poupado.
As cooperativas aprenderam ainda a mensurar o valor dos componentes, o que resultou em 1000% de aumento no valor do material eletrônico comercializado. Antes do projeto, o valor médio por quilo do resíduo era em média R$ 0,25 e após o projeto, esse número passou a R$ 3,10.