Você se lembra daquele papel de parede do Windows®, onde apareciam umas árvores em tons de amarelo? Esse tipo de fenômeno de coloração é muito comum na Nova Inglaterra, sendo objeto de um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
O objetivo foi entender como o clima influencia na aparição dos tons de amarelo, laranja e vermelho – já que muitos turistas buscam esse tipo de paisagem e isso movimenta a economia do país.
É de conhecimento dos cientistas que fatores como geada, calor, chuva e seca afetam no momento do calendário em que as folhas coloridas começarão a aparecer. Ou seja, dependendo desses fatores, a coloração pode surgir um pouco antes do esperado, durando mais e atraindo mais turistas.
Como entradas do estudo, os pesquisadores optaram por analisar imagens de dois ecossistemas florestais da Nova Inglaterra, captadas por satélite entre 2001 e 2012.
Os cientistas analisaram as áreas altas, mais à nordeste e as zonas costeiras. Eles incorporaram aos dados informações sobre tremores, geadas, chuvas, calor, secas e inundações. Em geral, frio, umidade, e calor extremo mudam a cor das folhas mais cedo, enquanto calor e baixa precipitação atrasam a coloração.
Um ponto interessante descoberto é que os ecossistemas se comportam de forma diferente frente a estes fatores. As florestas nas montanhas reagiram a geadas, enquanto que as florestas da região costeira foram mais sensíveis à chuva e inundações.
Incorporando as previsões de alterações climáticas para o século seguinte, os pesquisadores propõem que as terras altas irão mudar de cor mais tarde no outono, enquanto a costa pode começar a transformar-se mais cedo.
Os pesquisadores observam ainda que, mais dados – como eventos climáticos extremos e inundações – precisam ser incorporados em futuros modelos. Assim, espera-se que este estudo e os modelos mais robustos do futuro possam ajudar a Nova Inglaterra a incrementar seus ganhos e turistas.
Autor: Cristian Reis Westphal
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