No Brasil, em que pese a estiagem há anos, pratica-se o desperdício de água em todas as frentes. As empresas concessionárias responsáveis pela distribuição de água nos municípios, desperdiçam em média 38% da produção, através de vazamentos e ligações clandestinas, sendo que no Japão este número é inferior a 10%. Quanto a indústria e o comercio, que poderiam praticar a captação de água de chuva, mal sabem que o investimento é irrisório, com recuperação do capital em 100 dias, através da economia na conta de consumo.
E a realidade dos consumidores domésticos, também não é agradável. Apesar da ONU estabelecer que o consumo médio deva girar em 110 litros por pessoa/dia, a média nacional em 2013 era de 165 litros, tendo na cidade do Rio de Janeiro a capital dos “gastões” com 330 litros. Dada a falta de água e racionamentos brandos em ação, não há uma noção clara sobre o novo perfil de consumo. Porém antes deste “controle forçado” , a água utilizada no banho e vaso sanitário respondiam por 63% do consumo doméstico.