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Amazônia Azul uma Riqueza Brasileira

Não é novidade que o Brasil não cuida de suas riquezas como deveria.

A força do mar nos negócios brasileiros é de baixo impacto econômico, e de alto impacto ambiental.

Segundo 3.a Convenção das Nações Unidas do Direito sobre o Mar, concluída em 1982, o Brasil possuí jurisdição sobre 3,5 milhões de km2 de águas marítimas, lembrando que temos 8,5 milhões de km2 de terra.

Toda esta imensidão de águas também é denominada de “Amazônia Azul”, termo criado pela Marinha Brasileira.

Em 1997, 73% do comércio exterior do país ocorreu pelos mares, já em 2017 este número subiu para 95%.

Isto significa que 7,5 US$ bilhões são despendidos em fretes por ano, mas infelizmente somente 5% sob bandeira brasileira.

Além de gerar um déficit em conta corrente na balança pagamento, há o risco da água de lastro das embarcações internacionais que transportam seres vivos oriundos de outros mares, contaminem a nossa costa, decorrente de micro –organismos nocivos , caso o descarte dessas águas dos cascos dos navios, não ocorram com distância legal da costa.

Riquezas Extraídas

Riquezas Extraídas

Considerando a dimensão da costa brasileira, que é uma fronteira demarcatória ( que em terra é muito mal policiada), o que pensarmos desses risco nos mares?

A riqueza que o mar nos concede, em geral somente é vista, infelizmente sob a ótica energética, que na verdade gera riquezas, certamente hoje questionáveis.

Afinal petróleo e gás são considerados por ambientalistas “dinossauros em estado líquido e gasoso”, mas 90% da extração destas fontes energéticas no Brasil, são extraídas dos mares.

Enxergar a costa brasileira como fonte de ventos para produção de energia eólica, que somente responde por 5% da matriz brasileira, é um dos nossos grandes desafios para este século.

Texto: Roberto Mangraviti
contato@sustentahabilidade.com.br

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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