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Tarifas de Energia : As “Nossas” e a do Governo

“Economia é o estudo de como os homens e a sociedade decidem, empregar recursos produtivos Escassos”.
Esta é a definição de Paul Samuelson , Prêmio Nobel da Economia de 1970 , em um de seus livros traduzido em 40 idiomas, sendo parâmetro até hoje, especialmente, para o mundo empresarial. Este cientista, na metade do século passado, já associava resultados econômicos a conceitos de qualidade de vida e sustentabilidade, dando um passo
decisivo sobre as avaliações até então intangíveis, transformarem-se em tangíveis.
Ao longo deste ano, fazendo uma reflexão sobre os temas apresentados nesta coluna e na nossa programação da TV , é claro perceber que seguimos timidamente os passos do mestre.
Contudo nos parece, mais tímidas ainda, as reações do empresariado diante das oportunidades perdidas. Conceitos como Reuso de Água, com retorno do investimento estimado em 100 dias, até Acidentes de Trânsito , com custo de cerca 1,2% do PIB , foram apresentados, entremeados com outros temas dinâmicos como o Absenteísmo ou faltas de funcionários avaliadas sobre a ótica da Associação de Qualidade de Vida.

Uma reportagem da Forbes relata uma pesquisa conduzida pela Escola de Negócios da Universidade Warwick do Reino Unido, onde nas 200 maiores empresas pesquisadas , apurou-se um prejuízo de 10,2% sobre a venda , em todo mundo, por ineficiência , a destacar : 1/3 do tempo dos gestores é consumido respondendo email’s, alem de 13% dos  pesquisados admitirem a utilização de 16 sistemas de tecnologia diferentes, simultaneamente.

Num momento em que o Governo se compromete a reduzir as tarifas de energia tão longamente aguardadas, oportuno questionar quais as “nossas tarifas” que já poderiam ter sido baixadas. Além da vida humana irreparável e as  conseqüências advindas dos acidentes, algumas perguntas fundamentais estão sem respostas. Como por exemplo :  1,2% do PIB (avaliado pelo IPEA) ,em custo de Acidentes de Trânsito, nos induz a imaginar perdas de 1,2% da Venda ?  Mais ? Menos ? Apesar da redução da tarifa proposta pelo Governo, é chegada a hora buscarmos outras alternativas como faz a ABINEE , através do Grupo Setorial de Sistemas Fotovoltaicos ? Mais barato ? . Razoável admitir que é chegada a hora de avaliarmos as “ Nossas Tarifas” , utilizando o mesmo Samuelson , citado na abertura “ Os fatos podem contar uma história diferente aos observadores científicos que usem óculos teóricos diferentes ”

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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