É muito comum as pessoas, através das redes sociais, postarem fotos de quem já violentou um animal. Mas o mundo “civilizado”, da qual todos fazemos parte, consome em toneladas gigantescas, cosméticos que violentam de forma absurda estes mesmos animais. Isto para não falarmos das aves e outros animais que são criados para um abate, nada cuidadoso.
Estamos portanto diante de um dilema neste novo século, pois dificilmente poderemos dispensar o consumo de proteínas em nossa dieta, mas estamos criticando ferozmente a violência contra animais domésticos ou das ruas.
Estamos preparados para pagar um preço adicional nas carnes por conta de um abate humanitário (*) ?
Na questão do consumo de cosméticos, o dilema talvez seja maior, pois para o desenvolvimento de produtos sem a utilização de animais como “teste”, é muito mais complexo e dispendioso. Conforme o site da Exame que avaliou as questões dos testes de cosméticos em animais, técnicos da área informam “Em vez de medir quanto tempo leva um produto químico para queimar a córnea do olho de um coelho, os fabricantes podem agora testar esse produto químico em estruturas de tecido 3D semelhantes à córnea produzidos a partir de células humanas.
Troca-se, assim, a desumana técnica “in vivo” por outras que não afligem nenhum animal.”. Em vista do exposto, estaria portanto, este mesmo consumidor, guardião (felizmente) dos animais domésticos, disposto a avaliar a procedência do produto que consome? E pagar um “over price” que certamente ocorrerá pela utilização destas novas tecnologias ?
Com a palavra o consumidor …
Autor: Roberto Mangraviti
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(*) Expressão que significa um conjunto de procedimentos que garantem o bem-estar dos animais que serão abatidos, desde o embarque na propriedade rural até a operação de sangria no matadouro-frigorífico.