A tolice da Marie Claire e o “manterrupting” com Manuela d’Ávila, foi amplamente divulgado e compartilhado pelas redes sociais.
Segundo a jornalista Barbara Thomas da Revista Marie Claire, d’Ávila sofreu o manterrupting (1), durante a entrevista ao Programa Roda Viva da TV Cultura.
A jornalista, em seu artigo, contabilizou que a pré candidata foi interrompida 62 vezes no referido programa, enquanto Ciro Gomes 8, e Guilherme Boulos 12, quando lá estiveram em semanas anteriores.
Ou seja, a reportagem da Marie Claire destaca que, pelo fato de Manuela ser mulher, foi exageradamente interrompida pelos homens presentes.
Será mesmo ?
A entrevistada foi interrompida somente pelos 3 homens presentes ?
E as jornalistas Letícia Casado e Vera Magalhães, estão nesta conta ?
Especialmente Vera, que diversas vezes discordou da entrevistada, teria então praticado o womanterrupting ?
Manuela d’Ávila é uma política, com visões estapafúrdias, que geram interrupções diante das sandices que defende.
Ser mulher, não foi o motivo das interrupções, mas o conteúdo que a entrevistada defende.
Até porque mulheres inteligentes (assim como homens) não são interrompidas, quando seus pensamentos estão ancorados na realidade e no bom senso.
Assista algum vídeo de Margareth Thatcher (1925-2013), e procure localizar se algum homem a interrompeu.
Por que?
De uma lucidez assustadora, nenhum ser vivo, homem ou mulher, terráqueo ou marciano, primata ou equino, seria louco em desafiar a “Dama de Ferro”, como era conhecida Margareth Thatcher.
E Angela Mekel ?
Apelidada de “polaca” e conhecida pela frieza e objetividade cortantes, a premier alemã é um verdadeiro trator a passar sem dó diante de oponentes em debates.
Teria o machista Donald Trump desafiado a “classuda” Hilary Clinton no debate à presidência dos EUA ?
Não e não … Muito pelo contrario. Todos os jornalistas citaram que Hillary venceu Trump no debate e no escrutinio, e que a eleição deste último se deu por motivos estranhos, possivelmente fraude.
Portanto pessoas lúcidas, preparadas e inteligentes, estão a frente do gênero, condição social, preferência esportiva ou religiosa .
O que está a frente das pessoas citadas, é o cérebro e não sua condição de gênero.
Manuela d’Ávila foi interrompida, porque mal consegue jogar “Banco Imobiliário”, quanto mais falar de gestão, negócios e assuntos sérios.
E não por ser mulher, mas por ser despreparada e obtusa.
Para ficar num único exemplo das sandices da entrevista concedida de uma candidata a governar uma Nação em que o governo deve 70% do PIB, d’Ávila falou a seguinte maluquice: o problema do Brasil não é gasto mas a incapacidade de arrecadar.
É para interromper uma entrevistada diante desta frase estapafúrdia, ou não?
A jornalista da Marie Claire, portanto presta um desserviço ao país, somente relatando e focando quantas vezes A ou B, foram interrompidos, numa farsa interpretativa dos fatos, conduzida por uma revista de grande tiragem.
A reportagem não faz a menor menção das atrocidades de raciocínio cometidos pelos entrevistados, inclusive Ciro e Boulos, que somente não foram tão interrompidos pois falaram menos tolices e evitaram polêmicas, inclusive escondendo que amam os genocidas Fidel Castro e Che Guevara.
Imaginem uma eventual entrevista com atual candidata ao Senado por Minas Gerais, Dilma Rousseff, se perguntada for, sobre uma possível vitória no pleito.
E se a mesma fosse interrompida após responder … “ Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder.” (2)
Chamaríamos isto de maninterrupting ou burrice cavalar ?
Texto: Roberto Mangraviti
contato@sustentahabilidade.com.br
(2) Frase comprovadamente dita pela então presidente Dilma Rousseff em 2015
(1) A palavra maninterrupting é uma junção de “man” (homem) e “interrupting” (interrupção) e, em tradução livre, quer dizer “homens que interrompem”.
Outros Textos do Autor:
Minha implicância com nomes, apelidos e “alcunhas profissionais”