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Cães podem ser geneticamente programados para amar seres humanos

Dado muitas falhas da humanidade, é bom saber que alguém gosta de nós – e uma nova pesquisa sugere que eles podem não ter uma escolha. De acordo com um estudo publicado no jornal Scientific Reports, o amor dos cães para os seres humanos pode estar escrito nos seus genes.

Ao contrário de outros caninos, como os lobos, os cães são naturalmente sociáveis para os seres humanos, o que levanta algumas questões curiosas sobre como eles chegaram a desenvolver suas personalidades afetuosas. Para investigar, uma equipe de cientistas selecionou centenas de beagles para participar de um teste em que eles tinham que tentar ter o acesso aos alimentos colocados dentro de caixas com tampas transparentes.

Cada cão foi confrontado com três caixas, uma das quais tiveram a sua tampa fechada e trancada, o que torna impossível conseguir a comida. O ponto do experimento era ver quanto tempo levou cada cão para ligar a um ser humano para ajudar, seja fazendo contato com os olhos ou executando a eles.

Eles descobriram que cinco genes, ocorrendo em duas áreas genômicas diferentes, parecem estar ligados com uma propensão para o contato humano. Curiosamente, alguns destes genes estão também associados a certos traços de personalidade em seres humanos também.

Por exemplo, um gene chamado SEZ6L foi encontrado para ser associado com a dependência dos cães em pessoas, e também está envolvido com autismo em seres humanos. Da mesma forma, um gene chamado COMT está ligada com a agressão em adolescentes, déficit de atenção, transtorno de hiperatividade (TDAH) e esquizofrenia.

Apesar destes resultados, co-autor do estudo Per Jensen disse ao site The Guardian que os genes são, provavelmente, apenas parcialmente responsáveis pelo amor dos cães aos seres humanos, explicando que “a contribuição genética para esta variação é de apenas cerca de 30%, então 70% da variação tem que ver com outros favores, como exemplo o convívio.

Texto: Cristian Reis Westphal
contato@sustentahabilidade.com.br

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Escrito por Cristian Reis Westphal

Estudante de Engenharia Química. Desde 2009 lidera o projeto Ciência e Astronomia, que compartilha informações nas áreas da ciência e astronomia. Trabalha com divulgação científica em escolas e disponibiliza telescópios para observações em praças.

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