O desmatamento ilegal e a procedência da madeira, ganha espaço cada vez maior na mídia e na cabeça do consumidor consciente.
As ferramentas disponibilizadas para a atualização de informação sobre esta matéria, crescem em qualidade e quantidade vertiginosa. Qualidade e quantidade de informação, por sinal, tem tudo a ver com o tema, até nas questões semânticas. Pois as queimadas e o desmatamento, são consideradas questões “qualitativas” quando reduzem a biodiversidade. Contudo, quando há uma eliminação total de uma floresta, deve-se atribuir o termo ”desflorestação”, por ser permanente. Enfim, estas práticas destruidoras ganharam maior velocidade e impacto, a partir da revolução industrial, levando as florestas em todo mundo a níveis irrisórios nos países do primeiro mundo. Para minimizar estas práticas no restante do planeta, o Google lançou uma ferramenta “online” chamada de Observatório Mundial (www.globalforestwatch.org ) que controla as queimadas em real time, apoiada em dados da Universidade de Maryland, e disponibilizadas gratuitamente.
No Brasil, podemos, como consumidores conscientes, verificar a procedência da madeira através de selos como da Imaflora (www.imaflora.org) que comprovam legalidade do material consumido. Vale destacar que estas certificações impactam positivamente na conservação das florestas, para que não ocorra no Brasil, o que aconteceu com em outras florestas há mais de um século mundo afora. Este descuido no passado obriga hoje os EUA a gastarem cerca de US$ 70,00 por hectare na preservação das florestas remanescentes, contra minguados US$ 2,00 investidos pelo governo brasileiro na mesma tarefa. Nossa situação contudo no quesito preservação, ainda é razoável já que possuímos em média 63% do território nacional com vegetação nativa, cabendo o índice de 32% para agricultura/pastagens e 5% para zona urbana. Mas o descontrole ainda é a tônica comportamental por aqui, o que levou a altos índices de destruição da Mata Atlântica, entre outras. Se considerarmos o que gastam os norte americanos hoje com conservação, é obvio que mais vale prevenir do que remediar, para que não tenhamos amanhã que financiar a manutenção ou remediação daquilo que já não temos. Portanto, certifique-se das suas ações, comprando madeira certificada.
Foto: Wikipedia