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Conhecendo mais sobre a MACONHA

Muito se fala sobre a maconha, mas poucos conhecem a fundo a sua história, efeitos e conseqüências. Como você vai ter argumentação suficiente para debater sobre o assunto com seu filho, família ou amigos se não tiver conhecimentos basilares a respeito, mas sim chavões e mitos construídos pelo senso comum? Sendo assim, antes de falarmos sobre como abordar o tema nos nossos diversos contextos sociais, precisamos saber, antes de mais nada, sobre o que estamos falando.

A maconha (cannabis sativa) é conhecida pelo homem há milênios e a primeira referência, indireta, relacionando à maconha e o Brasil, é do sec. XVI. Já foi utilizada como medicamento desde os mais remotos tempos, entretanto, no final do século XIX e início do século XX esta forma de uso começou a ter um declínio. Naturalmente que estes efeitos “descontrolados”no âmbito técnico-farmacêutico, acarretaram problemas de aspectos legais. Destarte, o uso não médico da maconha começou a ser relacionado, em vários países, à degeneração psíquica, ao crime e à marginalização do indivíduo.

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Sabemos com clareza que a maconha, no mundo ocidental, é uma planta que contém princípios alucinógenos, que podem levar ao sério problema da dependência. Essa história de que só um “baseadinho não dá nada”, de que a maconha é uma “erva natural super relaxante”, deve ser repensada, até porque a depender da necessidade de cada indivíduo, esta droga poderá ocupar um lugar de satisfação a qual pode levar à dependência psicológica e/ou física.

No que tange aos efeitos do uso da maconha, estes vão variar de acordo com a quantidade utilizada e qualidade da composição(poucas misturas). Outros fatores a considerar sobre os efeitos possíveis são: como o cigarro de maconha é preparado e administrado. Com tragadas mais curtas e sem retenção a absorção será lenta. Já com tragadas mais longas e com retenção a absorção será mais rápida. Além disso devemos também levar em conta a sensibilidade de cada indivíduo e o estado emocional no qual este se encontra no momento do uso.

Nesse sentido, podemos classificar os efeitos em físicos e psíquicos e, dependendo do uso, em agudos ou crônicos. Físicos: secura na boca, olhos vermelhos e taquicardia. Esta última não chega a ser muito acentuada, mas pode sim prejudicar seriamente alguém que já tenha problemas cardíacos.

Como efeitos crônicos pode ser observado no homem uma baixa do hormônio testosterona (responsável pelos caracteres masculinos) resultando também em uma baixa no número de espermatozóides. Isso não quer dizer que o uso da maconha causará impotência ou diminuição da libido sexual, mas pode ocorrer um decréscimo da fertilidade. Entretanto, após a cessação continuada do uso da maconha, tal efeito se torna reversível.

Vale também destacar que o uso da maconha pode também resultar em alguns problemas respiratórios, como os que ocorrem nos dependentes de nicotina.

Por fim, os seus efeitos no usuário vão depender de como está o seu estado físico e emocional além das várias influências e pressões exercidas pelo ambiente. E sobre esse ponto falaremos no próximo artigo.

Autores: Nancy M.F.Peres , Raquel Arantes e Renan Fernandes de Oliveira

dependenciaquimica@sustentahabilidade.com.br

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Comments

  1. Agradecemos seu comentário. Destacamos que mesmo no campo terapêutico não existe consenso sobre os efeitos da utilização da maconha. Contudo nosso objetivo é destacar o possível estrago social na passagem de usuário para dependente. Importante ainda considerar que no campo “social” do comportamento humano, a maconha é utilizada associada a cocaína e ao álcool, gerando uma combinação com risco acentuado à saúde. Portanto seguimos com o nosso olhar preocupado com os resultados comprovados pelos psicólogos especialistas que assinam o artigo, mas destacando que a função deste portal é justamente esta: desenvolver um olhar holístico de 360.o ouvindo a sociedade, independente da posição.
    Muito obrigado.

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