in ,

Consumo de Proteínas Vegetais ganham cada vez mais adeptos

Ovo Vegano
Ovo Vegano

Nos últimos 5 anos consumo per capta da carne bovina diminuiu em detrimento do crescimento plant-based

A proteína vegetal tem ganhado cada vez aceitação no Brasil, seguindo uma tendência global, enquanto que o consumo per capita de carne bovina enfrenta contínua queda. O plant-based, alimentos produzidos 100% a partir de vegetais, são consumidos in natura ou processados e utilizam recursos tecnológicos para alcançar textura e sabor próximos aos produtos de origem animal. O setor movimentou US$ 82,8 milhões em 2020, o equivalente a R$ 457,52 milhões, segundo levantamento mais recente da Euromonitor. O faturamento representa um crescimento de 70% nos últimos 5 anos.

Em contrapartida, o consumo per capita de carne bovina caiu de 34 quilos em 2019 para cerca de 26 kg em 2021, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Outro fator que tem impulsionado esse mercado é a alta no preço da carne bovina, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

“Todos os nossos produtos são criados a partir de tecnologia própria e com o intuito de fornecer alimentos iguais aos de origem animal, tanto em sabor e textura, como em informação nutricional, porém à base de proteínas vegetais e ingredientes criteriosamente selecionados”, explica Anna Viana, Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da N.OVO.

Outro aspecto relevante é a saúde, que é a motivação determinante na escolha por uma dieta que inclua mais alimentos à base de vegetais. Já existem diferentes produtos plant-based, sejam bebidas, sorvetes, ovos, empanados e carnes vegetais. De acordo com a pesquisa da MFA, o hambúrguer vegetal é o alimento preferido da lista e caiu no gosto dos brasileiros, tanto que já existem opções de grão de bico, lentilha, feijão, ervilha e soja.

“O contexto do padrão alimentar plant-based é trazer para a dieta os benefícios dos nutrientes presentes nos vegetais. Mas, de forma geral, os benefícios da alimentação a base de vegetais também está direcionada para a redução dos fatores de risco associados às doenças crônicas, como obesidade, doenças cardiovasculares e diversos tipos de câncer”, completa a especialista que é Diretora de P&D da foodtech.

As expectativas sobre o crescimento deste mercado no Brasil são bastante otimistas. O setor pode alcançar um faturamento de R$ 592 milhões, segundo avaliação do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (IBRAFE).A tendência já foi percebida pelos grandes players do setor alimentício que correm para lançar linhas específicas com matéria-prima 100% vegetal. 

Em escala global, segundo o relatório da Meticulous Market Research os substitutos vegetais terão um crescimento anual médio de quase 12% até 2027, enquanto que no setor das carnes o crescimento é de cerca de 4,5% ao ano e pode chegar à cifra de US$ 370 bilhões em 2035, de acordo com a projeção da consultoria A.T. Kearney, o que corresponde a 23% de todo o segmento de carnes no mundo. 

O que você acha?

Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

Ações sustentáveis do Bioparque Zoo

Ações sustentáveis do Bioparque Zoo

Nascente Azul em Bonito

Nascente Azul em Bonito será certificado pelo Instituto Chico Mendes