Ocorrerá em Brasília entre os dias 18 e 23 de março, a oitava edição do Fórum Mundial da Água. O evento reunirá 150 países, como Estados Unidos, Etiópia, Israel, Itália, Japão, México e Turquia, e já conta com 7.500 inscritos, devendo alcançar 10.000. A água doce, é um bem grandioso e de valor superior ao petróleo e ouro, por ser insubstituível. Por existir em abundância no Brasil, sempre foi consumida de forma abusiva e não renovável. Por exemplo, captar águas de chuva dos telhados das casas em países europeus, é um habito centenário, mas ainda pouco utilizado no Brasil. A crise hídrica severa que se abateu sobre todo o pais (2013/14), especialmente no Sudeste, trouxe ensinamentos importantes e mostrou falhas no modus operandi da cadeia de consumo. A começar que paulistanos, no meio da crise de 2013 estavam consumindo diariamente 178,3 litros por pessoa, e os fluminenses 253,1 , números absurdos, diante da recomendação da ONU de 110 litros.
Um péssimo exemplo das duas maiores cidades do país. Pelo lado da produção, o desastre é maior, pois na grande São Paulo, registra-se vazamentos e fraudes na ordem de 31,2% da água distribuída que nem sequer chega aos hidrômetros. Isso significa que, em um ano, foram perdidos 573 milhões de metros cúbicos de água, suficientes para abastecer todas as casas da região metropolitana durante 4 meses. É como se fossem jogadas no lixo, três represas do tamanho da Guarapiranga. Vale destacar que o desperdício no Japão, é da ordem de 2% , portanto para os brasileiros, que recepcionarão a delegação nipônica em Brasília, o Fórum Mundial da Água, tem que sair do papel e entrar no campo de jogo pratico, até porque os consumidores de São Paulo, hoje já praticam índices civilizados de 130 litros dia.
Texto: Roberto Mangraviti
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