Roberto Mangraviti
Os números são imensos.
“Em apenas um segundo, o sol produz mais energia (internamente) que toda energia usada pela humanidade desde o começo dos tempos.”
“Pré-sal demandará US$ 400 bilhões até 2020, segundo ANP”
Por conta desta imensidão de algarismos, estes assuntos ficam extremamente complexos de serem avaliados, mas fundamental destacarmos algumas tendências.
O valor citado pela ANP(Agência Nacional de Petróleo) representa cerca de 15% do PIB do Brasil previsto para 2013. E nos dias de hoje, o Pré-sal responde somente com 5% da produção de barris da Petrobras, podendo chegar a 30% em 2016.
Sabemos que a tomada de decisão por organismos públicos, especialmente no Brasil, são lentos e as dificuldades de transformações culturais também esbarram em raízes conservadoras, mesmo quando as informações de caráter científico deveriam nos levar a reflexões mais profundas.
A comprovar, em 1896(não há engano de grafia), o químico sueco Svante Arrhenius (1859/1927) profetizou “A emissão de dióxido de carbono elevará a temperatura do Planeta”.
Mais recentemente, em 2010, aqui em São Paulo,Nicholas Stern, Economista da ONU,também profetizou,“em 2020 serão necessários de 2% a 3% da riqueza gerada no Planeta, para evitar uma catástrofe ambiental.”
No ano em que a Petrobrás tiver consumido os U$ 400 bilhões(2020) existem vozes, até do além, dizendo que estaremos vivendo uma crise ambiental e econômica, justamente pelo produto que a Petrobras(obviamente como todas petrolíferas) está produzindo.
Na iniciativa privada pode-se enxergar uma visão renovadora, e mais dinâmica. A mineradora belga Umicore, mudou seu foco de ação e passou a ser uma “mineradora urbana”, e extrai ouro do lixo, sendo que no passado era das rochas. Dessa forma, a citada empresa obtém 1 kg de ouro em 4 toneladas de lixo eletrônico e antes obtinha o mesmo resultado ( 1 kg de ouro) revirando 200 toneladas de rocha.
Como cidadãos, olhando para o Sol e vendo o astro rei a brilhar, independente do investimento financeiro do ser humano, estamos a buscar explicações dos governos que pouco investem no desenvolvimento de alternativas energéticas renováveis.
As respostas novamente nos são dadas pela iniciativa privada, que esta atenta a estas oportunidades.
Na última década, o crescimento da energia solar (fotovoltaica) foi de 20% em todo mundo. E segundo a EPIA -Associação Européia da Indústria Fotovoltaica, a energia solar cresceu 70% em 2011, havendo naturalmente investimentos maiores naquele continente, dado ao fato da água ser uma energia escassa, assim como o sol a bem da verdade, quando comparado ao Brasil.
E o que falar da China que hoje possui 50% do parque solar instalado no mundo. Estariam os chineses enxergando oportunidades que no Brasil ainda não nos apercebemos ?
Confirmando essa tendência, desde 2008 a Martifer O&M já presente em 20 países, iniciou suas atividades no Brasil ,atuando na área de energia renovável na promoção e desenvolvimento de projetos de energia eólicos e solar, sendo líder mundial nessa categoria.
Esta importância da energia solar no mundo, fica comprovada através da Solar Power International Fair que em 2013 ocorrerá em Chicago-USA, no mês de Outubro. Lembrando da importância desta feira, a última edição realizada em Orlando-USA (outubro/12) teve o ex-presidente Bill Clinton no discurso de encerramento.
Que tal olharmos Sol do Brasil também ?
Roberto Mangraviti
Economista, Consultor de Estratégias de Sustentabilidade da Trade Marketing.
Consultor da ADASP – Associação dos Distribuidores e Atacadistas/SP
Criador, Produtor e Apresentador do Programa ADASP-Sustentahabilidade, na TV Sorocaba ao Vivo.
Editor do Portal sustentahabilidade.com.br
