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Defendendo grafiteiros ou falsidade política ?

As pessoas a favor dos grafiteiros em São Paulo, defendem esta arte por convicções políticas ou  artísticas?

Por que antes nunca se via nenhuma manifestação pelas redes sociais classificando a metrópole paulistana como a “ Bela Capital do Grafite”, ou de “Artistas Maravilhosos”, e agora o fazem com tanto ênfase?

Algumas manifestações em redes sociais, chegam a assustar, pois são provenientes de jornalistas, intelectuais e artistas de várias áreas  que começam agora  extrapolar suas convicções em defesa de pixadores e não mais dos grafiteiros, estes sim artistas de fato.

A comprovar esta forma estranha de defender pensamentos indefensáveis, certas alas “progressistas” estão combatendo  o prefeito João Doria que  firmou um acordo com os taxistas de São Paulo, para que denunciem os pixadores(*).

E logo em seguida a publicação deste acordo, os “murais” das redes sociais apoiaram pixadores e execraram os taxistas, numa inversão de valores absurda: valorizando criminosos e desvalorizando trabalhadores. Alguns “intelectuais” postaram apoio aos “uberistas”  para  prejudicar o trabalho dos taxistas.

Outros postaram expressões do tipo, “viva os dedos duros, como se o ato de informar uma autoridade policial, quando um patrimônio público ou privado esteja sendo depredado, seja ato reprovável.

Desde quando chamar a polícia diante de um crime, seja algo reprovável? Será que se alguém pixar sua casa, caro leitor, deixou de ser crime ?

O pior ainda se encontra na falsidade do comentário, que tenta esconder uma ironia indisfarçável que incita o delito. Pois postar frases do tipo, ”está aberta a temporada dos dedos-duros”, é uma “brincadeirinha” de péssimo gosto, que esconde aquele desejo de escrever aquilo que parece que está no coração, mas um “intelectual” não pode assumir publicamente que seria …  “bem feito, para o Doria,  que continuam  pixando a cidade”.

Vale destacar que defender os grafiteiros é algo LÍCITO E CORRETO.

A atitude de Doria, apagando os grafites, é discutível se está correta ou não,  sob a ótica urbanística. Assim como, a bem da verdade, é discutível se os grafites que  foram feitos no passado, respeitaram uma visão  urbanística,  pois há quem goste, e outros que detestam. Até porque o centenário “Arcos do Jânio” foram desenvolvidos por artistas que talvez não aprovassem um grafite em cima, certo? Enfim, ter uma cidade grafitada, é discutível, se a torna mais bela e  turisticamente interessante ou não, e devemos respeitar todas opiniões. Contra ou a favor.

Mas defender um pixador expõe uma fratura grave, pois estão defendendo criminosos e sendo assim o raciocínio de Dória que uma cidade grafitada incentiva o pixador, se comprova uma verdade, pois esses criminosos do patrimônio alheio, agora estão sendo aplaudidos por estes “intelectuais”, invertendo um princípio básico da Constituição, do direito de defesa do patrimônio de outrem e da obrigação de Estado de fazê-lo.

Afinal senhores defensores dos grafiteiros, os senhores estão a favor da arte ou defendendo suas bandeiras criminosas políticas?

Texto: Roberto Mangraviti

contato@sustentahabilidade.com.br

(*) A lógica do acordo com taxistas resume-se no seguinte raciocínio: os pixadores cometem seus delitos, escondidos e sempre durante a noite, horário quase impossível de contê-los. Estando muitos taxistas neste horário numa árdua rotina de trabalho, poderão colaborar como “fiscais voluntários” da cidade sem ônus financeira para a metrópole que teria que investir em policiamento para  conter este delito, em detrimento de outras necessidades policiais muito mais urgentes.

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

Escritório dos Sonhos – o centro de operações do ALMA

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