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Minha Mulher fala com as Plantas

Minha Mulher fala com as Plantas

Todos os dias minha mulher, a Bel, cuida das plantas “trocando” uma ideia com as ditas cujas.

“Por que você está assim ?” .

“Tá bom o solzinho aí, amor ?” são frases típicas, audíveis de forma estranha, logo pela manhã, em nosso café .

Pessoas que falam com as plantas são encontradas aos montes por aí, mas inexplicavelmente, todas fora do manicômio.

Afinal, sempre achei isso uma loucura, contudo hoje decidi explicar porque vinha me doutrinando com mudez de comentários.

Na verdade, sempre pratiquei esse tipo de mutismo por conta de minha Mãe, que tinha o mesmo hábito… falar com uma samambaia lá de casa, na Aclimação.

Em razão da minha jovialidade, encarava essa loucura com a petulância juvenil que acha que toda pessoa mais velha, ou experiente, é ultrapassada.

Mas me mantinha calado, porque achava desrespeitoso criticar Mamãe por isso, afinal naquele momento algo de maravilhoso acontecia.

O ar ficava impregnado do perfume da paz e da alegria… e era lindo observar a cena.

Além do mais, quando alguém fica feliz, por algo tão simples e inofensivo, me obrigava e refletir por qual motivo isso acontecia.

O que faz uma pessoa através de uma ato tão tolo, exalar tanta alegria?

Quem conheceu D. Nida, certamente confirmará, caro leitor, que Mamãe estava décadas à frente do tempo dela.

Quando eu tinha 5 anos de idade, ela caminhou comigo para escola da Dona Lalai, na Rua Ágata, para meu primeiro dia de aula.

No segundo, já me disse: “vá sozinho e não pare para falar com ninguém, tampouco aceite uma bala ou qualquer coisa de estranho”.

Lá estava eu, que há pouco havia largado as fraldas, literalmente na estrada da vida …

E minha jornada foi transcorrendo com tantos aprendizados, que seria uma burrice sem tamanho zoar com alguém que falasse com as plantas.

Afinal através dos discos de Óperas (que ainda guardo comigo) ela aprendeu falar e escrever em italiano com perfeição, mesmo sem ter completado o primário.

E para quem tinha esta habilidade da comunicação, foi maravilhoso compartilhar conversas inesquecíveis sobre os mais diferentes temas: Beatles, pobreza x riqueza, Hollywood, literatura, compuseram nosso cardápio.

Sendo assim, minha intolerância por conta das loucuras dela com a samambaia, ficavam, obrigatoriamente, em segundo plano diante deste cenário vantajoso.

Mas minha arrogância sempre pré-julgou que estas pessoas tem pelo menos, um neurônio extremamente doente que contamina o resto do cérebro, vez por outra.

Contudo o tempo vai passando … vamos acumulando experiências novas … e eis que me peguei pensando que casei com uma maluca.

Pois toda está loucura está de volta… agora piorada.

Primeiro porque com a Mamãe, a gente tende a se calar mais facilmente, mas com a esposa, fica mais difícil.

Além do mais, a conversa agora vai mais longe, não ficando somente numa “samambaia”, pois temos diversas plantas aqui em casa.

E são 3 minutos de bate-papo que mais parecem um século, para quem fica observando a cena.

E quando termina, eu que já estou acordado desde 6 da matina, e quero contar afoitamente o que li nos noticiários … sobre a reforma do estúdio aqui de casa … sobre os chatos da internet … sou obrigado a continuar calado.

Como tudo pode sempre piorar, seguem mais 2 minutos, agora infindáveis, que simulam o fogo do inferno.

Afinal chega a vez dos pets após o desastroso “colóquio vegetal”, onde a Bel coloca a “prosa animal” em dia com a Mel e o Gucci, diante do meu olhar espantado.

Peraí, sou obrigado a ficar calado diante de tantas loucura?

Bem, se você chegou até o fim do texto aceite um conselho …

Dê graças aos céus, por ter tido uma Mãe como D. Nida ou certamente por possuir um cônjuge tão especial, como é a Bel, que nos ensinam a refletirmos todos os dias, colocando nossa intolerância e prepotência no devido lugar.

Afinal quem consegue tratar de uma samambaia está muito mais habilitado a entender algo além de si próprio, sendo possuidora da maior das virtudes preconizada por Paulo de Tarso: a humildade.

O doutor das leis judaicas assim caracterizou com brilhantismo este tipo de pessoa : “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.”

Pois se elas conseguem falar com as plantas, são pessoas que buscam aspergir a paz e o amor nos ambientes que as circundam, como aconselhou o apóstolo.

E elas “sabem” não só falar, como “ouvir” as plantas, pois entendem da vida, através da Natureza, da Espiritualidade… e que em última instância, atende sob o nome de DEUS.

Portanto este é o meu conselho … dê Graças à Deus!

Agora, se você discorda do meu texto , segue outra frase de Paulo de Tarso :“Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.”

Ou se desejar, tenho o telefone de um ótimo psicólogo, que me consulto, vez por outra, e que atende também à distância … é só me pedir por aqui “inbox”.

Texto: Roberto Mangraviti

roberto@sustentahabilidade.com

www.robertomangraviti.com.br

Colunista da ADASP-Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo; do Instituto de Engenharia; Editor do Portal SustentaHabilidade, da Coluna “SustentaHabilidade” no Jornal ABC Repórter, e apresentador do Programa SustentaHabilidade na Rede NGT (digital) e Soul TV Omni Channel (smarts Tv’s LG).

 

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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